domingo, 1 de novembro de 2009

Intervenção 9_Tema 1_O Processo de Investigação_Planear uma Investigação IV


Continuando os conselhos, e agora relativamente à 7 e à 8º questão, se tivesse que aconselhar um colega sobre as técnicas de recolha de informação dir-lhe-ia que as técnicas são um instrumento de trabalho essencial para a viabilizar a realização da pesquisa. Será através de um correcto procedimento que será possível efectivar o conjunto de operações em que consiste o método, com vista à verificação empírica, ou seja, confrontação do corpo de hipóteses com a informação recolhida na amostra.
Existem diferentes técnicas de recolha de informação ou dados com diferentes variantes, vantagens, limites e problemas, tais como: questionários, entrevistas, observação directa, recolha de dados preexistentes (secundários e documentais), testes, discussão em grupo, etc.
Segundo Pardal e Correia (1998, 49): “Essa selecção de técnicas situa-se entre a fase de concepção do modelo de análise e a verificação empírica”.
O resultado da verificação empírica posterior, validada pelas técnicas de análise de dados é também um passo fundamental e que exige um enorme rigor metodológico e científico. Ou seja, se a montante as técnicas de recolha de informação forem alvo de uma selecção adequada e criteriosa e a jusante existirem ferramentas de análise condizentes que tratem a informação recolhida de forma correcta torna-se possível verificar empiricamente a coincidência(ou não) dos resultados observados com os resultados esperados, conforme o corpo de hipóteses.
Daí será possível, de forma verificável e replicável, partir para as conclusões do trabalho na qual o investigador apresenta no seu estudo os novos conhecimentos relativos ao objecto de análise, os novos conhecimentos teóricos e a perspectivação prática do seu trabalho (Quivy e Campenhoudt: 1995,244-248).

Pedro Coelho do Amaral

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade –
Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.

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