domingo, 1 de novembro de 2009

Intervenção 8_Tema 1__O Processo de Investigação_Planear uma Investigação III


Em relação à pergunta 6, se tivesse que auxiliar o meu colega diria que ao fazer a sua análise do fenómeno de estudo social, e na impossibilidade de inquirir todo o universo alvo de investigação, ele deveria ser bastante rigoroso na escolha e caracterização das amostras, enquanto parcelas significativas, representativas e caracterizadoras do todo.
Se gundo Quivy Campenhoudt (1995, 161), estudar uma amostra representativa de determinada população impõe-se quando estão reunidas duas condições, a saber:
» Quando a população é muito volumosa e é preciso recolher muitos dados para cada indivíduo ou unidade;
» Quando, sobre os aspectos que interessam ao investigador, é importante recolher uma imagem globalmente conforme à que seria obtida interrogando o conjunto da população, resumindo, quando se põe um problema de representatividade.
Os autores referem ainda a possibilidade, em muitos casos, de estudar componentes não estritamente representativas, mas características da população.
Dir-lhe-ia, então, que uma boa construção da amostra, poderia substituir de forma válida, a necessidade de conhecer todo o universo estudado, mas que tivesse em conta que uma amostra nunca é uma replica fiel ou exacta do universo. Basta estarmos atentas às últimas sondagens eleitorais nas quais, apesar do conhecimento científico acumulado, são cometidos graves erros científicos, acabando em resultados viciados (de forma consciente ou não) e errados. Naturalmente que a amostra é um procedimento cientifico que visa perante a impossibilidade de estudar o todo retirar partes, que com uma segurança razoável permitem conhecer o todo. Aconselharia então a definir de forma clara e precisa o universo a ser estudado, pois se essa definição estiver enferma na sua caracterização, incompleta, imprecisa e de interpretação ambígua, conduzirá a conclusões erradas, viciadas e enganadoras.
Podemos então dizer que, apesar de todas as amostras serem sujeitas ao erro (daí a existência de margens de erro), é possível determina-los através de recursos estatísticos.
Aconselharia então o meu colega, ao planear a sua amostragem, seguir as seguintes regras (Pardal e Correia: 1998, 33):
» Caracterizar com clareza o universo
» Decidir pelo tamanho e tipo de amostra – uma unidade de amostragem ou de análise -, atendendo aos critérios de representatividade definidos previamente;
» Explicitar técnicas de amostragem a aplicar
» Construir a amostra
Os autores, em relação aos tipos de amostra dividem-nas em aleatórias ou probabilísticas, não probabilísticas e empíricas ou mistas.
Em relação à questão colocada pela professora, concordo em absoluto com a fundamentação apresentada pela Paula.

Pedro Coelho do Amaral

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores

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