domingo, 7 de março de 2010

Reflexão Final


Reflexão Final de um Percurso



Agora que estamos a chegar ao fim deste trajecto e tentando alinhar uma reflexão critica sobre o meu percurso pessoal e colectivo nesta Unidade Curricular (UC) é possível afirmar que um conjunto de sentimentos opostos ou mixed feelings perpassam a minha auto-avaliação e a avaliação que faço desta UC. Faço esta afirmação porque se por um lado considero que realizamos um percurso de aprendizagem extremamente válido através do qual foi possível abordar e esmiuçar temáticas fundamentais e transversais no âmbito das metodologias da investigação em educação por outro considero que, terminado esse percurso, ainda são (em número considerável) as dúvidas que me acercam em relação a alguns temas abordados assim como uma ausência de respostas que considero terão ficado por esclarecer. Duvidas que se propagam e se exponenciam quando alargo o meu campo de reflexão à elaboração da tese de mestrado que necessariamente irei desenvolver no 2º ano de mestrado. Em tempo de balanço e analisado o deve e haver deste processo de aprendizagem tenho imensa pena que o enorme trabalho de pesquisa, reflexão e produção de conhecimento a que esta UC obrigou não se tenha reflectido, pelo menos de uma forma concreta e palpável, numa rampa de lançamento para o desenvolvimento do meu processo de investigação. Apesar de compreender e aceitar que o objectivo desta UC é, acima de tudo, o de fornecer os fundamentos teóricos e os instrumentos operacionais sobre as metodologias em investigação educacional sinto que parto para uma nova etapa extremamente descalço, ainda para mais, e ao contrariamente ao que foi sendo reeferenciado no decorrer do 1º Semestre, nunca fizemos qualquer reflexão conjunta sobre o nosso projecto de investigação.
Ainda mais preocupado fiquei quando, na qualidade de Director de Curso de Comunicação Audiovisual da Escola Artística Soares dos Reis, contactei directamente com um pedido de colaboração no âmbito de dissertação de mestrado de uma colega do MESTRADO EM ARTE E EDUCAÇÃO da universidade Aberta e deparei-me com a profundidade e extensão do trabalho por ela desenvolvido. Consegui quase entrar em pânico quando, no decorrer da conversa, me apercebi que ela se encontrava a terminar (tal como nós) o 2º semestre do 1º ano do curso e pela sua reacção de surpresa por ainda nada termos de concreto nesta fase. Após a conversa compreendi que a estrutura curricular do mestrado incluía a disciplina de MIE no 1º semestre e uma cadeira de Projecto (?) na qual o aluno trabalhava perspectivando o seu projecto de investigação. Dei naturalmente por mim a perguntar qual a razão porque tal não sucedia neste mestrado visto que as vantagens me parecem óbvias. Provavelmente efeitos pré-bolonha…mas que na prática se concretizam num enorme atraso em relação aos restantes colegas e, perspectivo eu, numa menor qualidade comparativa do resultado final.
Focalizando-me na análise individual do meu desempenho enquanto mestrando posso afirmar que ao longo deste trajecto tentei (assim como ao longo deste mestrado) empenhar-me ao máximo na resposta às diferentes solicitações a que fomos submetidos, mesmo quando questões profissionais ou familiares imponham alguma contenção. Levei a cabo um intenso trabalho de pesquisa e leitura quer das obras de referência quer de literatura adicional adquirida ou acedida on-line. Essas leituras permitiram-me obter os conhecimentos ou as noções gerais que possibilitaram uma participação activa nas discussões dos diferentes fóruns e no desenvolvimento dos trabalhos individuais ou em grupo. Participei em todas as actividades e sempre respondendo nos prazos estabelecidos, fossem os prazos finais, previamente estabelecidos, quer os prazos intermédios . Tentei sempre reger ou pautar as minhas participações partindo de parâmetros fundamentados na pertinência das intervenções, no aprofundamento dos temas e na dinamização das discussões entretanto geradas, como havia ficado previamente lavrado nos critérios de avaliação. Terei sido, como comprovam as inúmeras intervenções que elaborei, assim como os timings em que foram proferidas, um dos elementos mais activos e participativos deste grupo que, infelizmente e por circunstâncias diversas, foi diminuindo quer no número quer no nível de interacção.
Nas actividades em equipa fiz parte de um grupo de colegas formidável – os MIPERUSA - e dos quais guardo a mais gratas recordações quer pela riqueza e qualidades das suas prestações individuais que contribuíram de sobremaneira para a persucção das actividades colectivas propostas quer pelos valores humanos que foram transmitindo, ainda para mais porque ao longo deste semestre muitas foram as vicissitudes familiares que este grupo sofreu, mesmo que tal nunca tenha sido tornado publico fora do grupo. Individualmente tentei-me assumir sempre como um elemento pró-activo, participativo e desbloqueador de impasses (que foram quase inexistentes), tentando contribuir para o aprofundamento dos temas a trabalhar e para a existência de uma dinâmica positiva e geradora de respostas.
Nos outros aspectos integrantes do processo avaliativo como a utilidade/importância da contribuição pessoal na organização do marcador pessoal da turma penso ter contribuído para o estudo e aprofundamento dos temas em momentos chave da nossa aprendizagem e respondendo aquilo que era pedido pela professora.
Por fim, o portefólio final, como é possível observar pela sua abrangência e pela cronologia das participações, foi o repositório da minha actividade ao longo do semestre no qual tentei sempre imprimir um cunho pessoal baseado no trabalho desenvolvido.
Concluindo esta reflexão pessoal sobre o percurso realizado nesta UC posso afirmar que apesar de dos aspectos que acima referenciei como menos positivos, é notória a mais-valia desta aprendizagem que vem-se juntar a outras unidades curriculares e que muito contribuíram para o meu enriquecimento pessoal.

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