tag:blogger.com,1999:blog-61988854601640708002024-03-05T19:02:42.385-05:00MIE_MCEM09Metodologias Da Investigação em Educação_09/10
Profª. Alda PereiraPedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-47268640593793463312010-03-07T20:01:00.006-05:002010-03-08T16:47:15.539-05:00Reflexão Final<div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: center;"><strong>Reflexão Final de um Percurso</strong></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYpPTtoic3z0-4SNhU0Qj8QS825yNgyLwzdDthMUqu2ITPIWVkmgzdAjA7LGeZYcyGrqts151DRbTDyaSiEp_9-lSZJA_M8CmgekVezd3UD2g3N9twhmdwho9-NmolAQiyhFFwjo9mHvjX/s1600-h/lampada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYpPTtoic3z0-4SNhU0Qj8QS825yNgyLwzdDthMUqu2ITPIWVkmgzdAjA7LGeZYcyGrqts151DRbTDyaSiEp_9-lSZJA_M8CmgekVezd3UD2g3N9twhmdwho9-NmolAQiyhFFwjo9mHvjX/s320/lampada.jpg" /></a></div><br />
Agora que estamos a chegar ao fim deste trajecto e tentando alinhar uma reflexão critica sobre o meu percurso pessoal e colectivo nesta Unidade Curricular (UC) é possível afirmar que um conjunto de sentimentos opostos ou mixed feelings perpassam a minha auto-avaliação e a avaliação que faço desta UC. Faço esta afirmação porque se por um lado considero que realizamos um percurso de aprendizagem extremamente válido através do qual foi possível abordar e esmiuçar temáticas fundamentais e transversais no âmbito das metodologias da investigação em educação por outro considero que, terminado esse percurso, ainda são (em número considerável) as dúvidas que me acercam em relação a alguns temas abordados assim como uma ausência de respostas que considero terão ficado por esclarecer. Duvidas que se propagam e se exponenciam quando alargo o meu campo de reflexão à elaboração da tese de mestrado que necessariamente irei desenvolver no 2º ano de mestrado. Em tempo de balanço e analisado o deve e haver deste processo de aprendizagem tenho imensa pena que o enorme trabalho de pesquisa, reflexão e produção de conhecimento a que esta UC obrigou não se tenha reflectido, pelo menos de uma forma concreta e palpável, numa rampa de lançamento para o desenvolvimento do meu processo de investigação. Apesar de compreender e aceitar que o objectivo desta UC é, acima de tudo, o de fornecer os fundamentos teóricos e os instrumentos operacionais sobre as metodologias em investigação educacional sinto que parto para uma nova etapa extremamente descalço, ainda para mais, e ao contrariamente ao que foi sendo reeferenciado no decorrer do 1º Semestre, nunca fizemos qualquer reflexão conjunta sobre o nosso projecto de investigação. </div><div style="text-align: justify;">Ainda mais preocupado fiquei quando, na qualidade de Director de Curso de Comunicação Audiovisual da Escola Artística Soares dos Reis, contactei directamente com um pedido de colaboração no âmbito de dissertação de mestrado de uma colega do MESTRADO EM ARTE E EDUCAÇÃO da universidade Aberta e deparei-me com a profundidade e extensão do trabalho por ela desenvolvido. Consegui quase entrar em pânico quando, no decorrer da conversa, me apercebi que ela se encontrava a terminar (tal como nós) o 2º semestre do 1º ano do curso e pela sua reacção de surpresa por ainda nada termos de concreto nesta fase. Após a conversa compreendi que a estrutura curricular do mestrado incluía a disciplina de MIE no 1º semestre e uma cadeira de Projecto (?) na qual o aluno trabalhava perspectivando o seu projecto de investigação. Dei naturalmente por mim a perguntar qual a razão porque tal não sucedia neste mestrado visto que as vantagens me parecem óbvias. Provavelmente efeitos pré-bolonha…mas que na prática se concretizam num enorme atraso em relação aos restantes colegas e, perspectivo eu, numa menor qualidade comparativa do resultado final. </div><div style="text-align: justify;">Focalizando-me na análise individual do meu desempenho enquanto mestrando posso afirmar que ao longo deste trajecto tentei (assim como ao longo deste mestrado) empenhar-me ao máximo na resposta às diferentes solicitações a que fomos submetidos, mesmo quando questões profissionais ou familiares imponham alguma contenção. Levei a cabo um intenso trabalho de pesquisa e leitura quer das obras de referência quer de literatura adicional adquirida ou acedida on-line. Essas leituras permitiram-me obter os conhecimentos ou as noções gerais que possibilitaram uma participação activa nas discussões dos diferentes fóruns e no desenvolvimento dos trabalhos individuais ou em grupo. Participei em todas as actividades e sempre respondendo nos prazos estabelecidos, fossem os prazos finais, previamente estabelecidos, quer os prazos intermédios . Tentei sempre reger ou pautar as minhas participações partindo de parâmetros fundamentados na pertinência das intervenções, no aprofundamento dos temas e na dinamização das discussões entretanto geradas, como havia ficado previamente lavrado nos critérios de avaliação. Terei sido, como comprovam as inúmeras intervenções que elaborei, assim como os timings em que foram proferidas, um dos elementos mais activos e participativos deste grupo que, infelizmente e por circunstâncias diversas, foi diminuindo quer no número quer no nível de interacção.</div><div style="text-align: justify;">Nas actividades em equipa fiz parte de um grupo de colegas formidável – os MIPERUSA - e dos quais guardo a mais gratas recordações quer pela riqueza e qualidades das suas prestações individuais que contribuíram de sobremaneira para a persucção das actividades colectivas propostas quer pelos valores humanos que foram transmitindo, ainda para mais porque ao longo deste semestre muitas foram as vicissitudes familiares que este grupo sofreu, mesmo que tal nunca tenha sido tornado publico fora do grupo. Individualmente tentei-me assumir sempre como um elemento pró-activo, participativo e desbloqueador de impasses (que foram quase inexistentes), tentando contribuir para o aprofundamento dos temas a trabalhar e para a existência de uma dinâmica positiva e geradora de respostas.</div><div style="text-align: justify;">Nos outros aspectos integrantes do processo avaliativo como a utilidade/importância da contribuição pessoal na organização do marcador pessoal da turma penso ter contribuído para o estudo e aprofundamento dos temas em momentos chave da nossa aprendizagem e respondendo aquilo que era pedido pela professora.</div><div style="text-align: justify;">Por fim, o portefólio final, como é possível observar pela sua abrangência e pela cronologia das participações, foi o repositório da minha actividade ao longo do semestre no qual tentei sempre imprimir um cunho pessoal baseado no trabalho desenvolvido.</div><div style="text-align: justify;">Concluindo esta reflexão pessoal sobre o percurso realizado nesta UC posso afirmar que apesar de dos aspectos que acima referenciei como menos positivos, é notória a mais-valia desta aprendizagem que vem-se juntar a outras unidades curriculares e que muito contribuíram para o meu enriquecimento pessoal.</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-71119755312922415332010-02-22T19:39:00.001-05:002010-03-08T16:49:49.324-05:00Conciliar Investigação e Inovação » Research based design<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><strong>Conciliar Investigação e Inovação » Research Based Design</strong></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY1AOtfKkQApFjNFGlkFnA4J5cQLsOpP5rIx2xdd9WnMYysA3XvAhO-6u1_GxbPVdmaOFshXwkFJISszQQS_HtoAW0GpYNQmzkUt5dzEk4ViZ38XbwcAq_m_rEqjWgQglpBu_8V58373F2/s1600-h/roldana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY1AOtfKkQApFjNFGlkFnA4J5cQLsOpP5rIx2xdd9WnMYysA3XvAhO-6u1_GxbPVdmaOFshXwkFJISszQQS_HtoAW0GpYNQmzkUt5dzEk4ViZ38XbwcAq_m_rEqjWgQglpBu_8V58373F2/s320/roldana.jpg" /></a></div><br />
Fazendo um primeiro resumo identificador do método que a prof. Alda intitulou de Investigação Aplicada sobre o Desenho (design-based research) a partir das pesquisas efectuadas é possivel chegar à seguinte definição:</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Design-Based Research (DBR) é um conjunto de técnicas analíticas, que se situam algures ou entre os paradigmas positivistas e interpretativos e que tenta criar pontos de contacto/pontes entre a teoria e a prática em educação. Assume-se como uma mistura de investigação empírica educacional com teoria baseada na criação de ambientes de aprendizagem. DBR é uma metodologia importante para compreender como, quando e onde as inovações educacionais funcionam em situações reais. Os métodos DBR têm como objectivo por a descoberto as relações entre a teoria educativa, o design de artefactos e a prática. </div><div style="text-align: justify;">Como referem Wang and Hannafin (2005) “ a systematic but flexible methodology aimed to improve educational practices through iterative analysis, design, development, and implementation, based on collaboration among researchers and practitioners in real-world settings, and leading to contextually-sensitive design principles and theories (p. 6) </div><div style="text-align: justify;">Este autores, partindo de uma revisão da literatura, propõe as seguintes características básicas da DBR: “Pragmatic, Grounded, Interactive, iterative and flexible, Integrative, and Contextual” (p. 7). </div><div style="text-align: justify;">De acordo com Collins et al. (2004), Design-based Research pretende responder a um conjunto de necessidades e questões nucleares no estudo da aprendizagem, tais como: </div><br />
» A necessidade de colocar questões teóricas acerca do futuro da aprendizagem em contexto real. <br />
<br />
» A necessidade de desenvolver novas abordagens no estudo da aprendizagem em situações reais em vez de investigações assentes em práticas laboratoriais <br />
<br />
» A necessidade de ir mais além das tradicionais e limitadas formas de avaliar a educação <br />
<br />
» A necessidade de obter resultados na investigação a partir de avaliação formativa.<br />
<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
<br />
<br />
<br />
Bannan-Ritland, B. (2003). The role of design in research: The integrative learning design framework. Educational Researcher , 32(1), 21-24. <br />
Barab, S., & Squire, K. (2004). Design-based research: Putting a stake in the ground. The Journal of the Learning Sciences, 13(1). <br />
Brown, A. L. (1992). Design experiments: Theoretical and methodological challenges in creating complex interventions in classroom settings. The Journal of the Learning Sciences, 2(2): 141-178. <br />
Cobb, P., diSessa, A., Lehrer, R., Schauble, L. (2003). Design experiments in educational research. Educational Researcher, 32(1): 9-13. <br />
Collins, A. (1992). Towards a design science of education. In E. Scanlon & T. O’Shea (Eds.), New directions in educational technology (pp. 15-22). Berlin: Springer. <br />
Design-Based Research Collective. (2003). Design-based research: An emerging paradigm for educational inquiry. Educational Researcher, 32(1): 5-8. <br />
Collins, A. (1992). Toward a design science of education. In E. Scanlon & T. O’Shea (Eds.), New directions in educational technology (pp. 15-22). Berlin: Springer Verlag. <br />
Collins, A., Joseph, D., & Bielaczyc, K. (2004). Design research: Theoretical and methodological issues. Journal of the Learning Sciences, 13 (1), 15-42. <br />
Design-Based Research Collective. (2003). Design-based research: An emerging paradigm for educational inquiry. Educational Researcher, 32 (1), 5-8. <br />
Edelson, D. C. (2002). Design Research: What we learn when we engage in design. Journal of the Learning Sciences , 11(1), 105-121. <br />
Reeves, T. C., Herrington, J., & Oliver, R. (2005). Design research: A socially responsible approach to instructional technology research in higher education. Journal of Computing in Higher Education, 16 (2), 97-116. <br />
Reigeluth, C. M., & Frick, F. W. (1999). Formative research: A methodology for creating and improving design theories. In C. M. Reigeluth (Ed.), Instructional-design theories and models (Vol. II, pp. 633-651). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum. <br />
Van den Akker, J. (1999). Principles and methods of development research. In J. van den Akker, N. Nieveen, R. M. Branch, K. L. Gustafson & T. Plomp (Eds.), Design methodology and developmental research in education and training (pp. 1-14). The Netherlands: Kluwer Academic Publishers.Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-4489636514678882472010-02-08T08:15:00.000-05:002010-03-04T08:22:10.298-05:00Verificação da Análise da Entrevista do Colega Rui Fernandes<a title="View Verificacao Analise Entrevista Rui Fernandes 8 2 on Scribd" href="http://www.scribd.com/doc/27821513/Verificacao-Analise-Entrevista-Rui-Fernandes-8-2" style="margin: 12px auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block; text-decoration: underline;">Verificacao Analise Entrevista Rui Fernandes 8 2</a> <object id="doc_823040075315502" name="doc_823040075315502" height="600" width="100%" type="application/x-shockwave-flash" data="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf" style="outline:none;" > <param name="movie" value="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf"><param name="wmode" value="opaque"><param name="bgcolor" value="#ffffff"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="FlashVars" value="document_id=27821513&access_key=key-1ku25mwz57yvm6yvid8i&page=1&viewMode=list"><embed id="doc_823040075315502" name="doc_823040075315502" src="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=27821513&access_key=key-1ku25mwz57yvm6yvid8i&page=1&viewMode=list" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="600" width="100%" wmode="opaque" bgcolor="#ffffff"></embed> </object>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-24671653883623896542010-02-01T08:21:00.000-05:002010-03-04T08:21:45.429-05:00Análise da Entrevista Realizada<a title="View Analise Entrevista Pedro Amaral 1 2 on Scribd" href="http://www.scribd.com/doc/27821718/Analise-Entrevista-Pedro-Amaral-1-2" style="margin: 12px auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block; text-decoration: underline;">Analise Entrevista Pedro Amaral 1 2</a> <object id="doc_149025596696752" name="doc_149025596696752" height="600" width="100%" type="application/x-shockwave-flash" data="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf" style="outline:none;" > <param name="movie" value="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf"><param name="wmode" value="opaque"><param name="bgcolor" value="#ffffff"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="FlashVars" value="document_id=27821718&access_key=key-1944744p7q8ehjs4ayle&page=1&viewMode=list"><embed id="doc_149025596696752" name="doc_149025596696752" src="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=27821718&access_key=key-1944744p7q8ehjs4ayle&page=1&viewMode=list" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="600" width="100%" wmode="opaque" bgcolor="#ffffff"></embed> </object>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-12166790093217328412010-01-09T07:50:00.000-05:002010-03-04T07:57:39.420-05:00Entrevista Realizada<a title="View Entrevista_MIE_Pedro Amaral on Scribd" href="http://www.scribd.com/doc/27819499/Entrevista-MIE-Pedro-Amaral" style="margin: 12px auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block; text-decoration: underline;">Entrevista_MIE_Pedro Amaral</a> <object id="doc_610753203210881" name="doc_610753203210881" height="600" width="100%" type="application/x-shockwave-flash" data="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf" style="outline:none;" > <param name="movie" value="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf"><param name="wmode" value="opaque"><param name="bgcolor" value="#ffffff"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="FlashVars" value="document_id=27819499&access_key=key-631d5bcfeymj897dxv&page=1&viewMode=list"><embed id="doc_610753203210881" name="doc_610753203210881" src="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=27819499&access_key=key-631d5bcfeymj897dxv&page=1&viewMode=list" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="600" width="100%" wmode="opaque" bgcolor="#ffffff"></embed> </object>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-28758313586272023322009-12-29T19:01:00.000-05:002010-03-03T19:02:55.835-05:00Wiki_GuiãoApós uma análise exaustiva das diferentes grelhas apresentadas pelos grupos de trabalho elaborei um esboço de guião de entrevista que viria a ser utilizado pelos restantes colegas.<br />
<br />
<br />
<strong>1. Perfil Pessoal e profissional do(a) entrevistado(a)</strong> <br />
<br />
<br />
1.1 Sexo : <br />
<br />
Masculino □ Feminino □ <br />
<br />
1.2 Idade: <br />
<br />
Menos de 35 anos □ Entre 35 e 45 anos □ Entre 46 e 55 □ Mais de 55 anos □ <br />
<br />
1.3 Habilitações Literárias ___________________________________________ <br />
<br />
1.4. Grupo de Recrutamento _________________________________________ <br />
<br />
1.5. Disciplina(s) que lecciona ________________________________________ <br />
<br />
1.6 Anos de serviço docente? <br />
<br />
Menos de 5 Entre 5 e 15 Entre 16 e 25 Mais de 25 <br />
<br />
1.7 Exerce actualmente algum cargo de coordenação? Qual ou quais? <br />
<br />
1.8 Ao longo da sua formação adquiriu conhecimentos na área das novas tecnologias da informação ou considera-se um auto-didacta?<br />
<br />
1.9 Utiliza as novas tecnologias da informação em contexto de aula. Se sim, quais os recursos que utiliza e com que objectivos? <br />
<br />
<br />
<br />
<strong>2. Nível de conhecimento e participação do(a) entrevistado(a) em redes sociais</strong><br />
<br />
2.1 Das redes sociais que existem, quais as que conhece? <br />
<br />
2.2 Refira, se souber, qual o principal objectivo de cada uma das redes sociais que indicou anteriormente. <br />
<br />
2.3 Encontra-se inscrito em alguma rede social? Se sim, qual ou quais? <br />
<br />
2.4 Que actividades desenvolve nessa rede social? <br />
<br />
2.5 Qual a frequência de utilização dessa rede: mensal, semanal ou diária? Apesar de inscrito, raramente ou nunca acede à mesma.<br />
<br />
2.6 Se a resposta à questão 2.3 for negativa, indique-nos quais as razões porque não se encontra inscrito ou porque não utiliza as redes sociais. <br />
<br />
2.7 E ainda (se a resposta à questão 2.3 for negativa) como vê a sua participação hipotética numa rede social da Internet? <br />
<br />
- Possível, pouco possível ou improvável.<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>3. Perspectiva crítica do(a) entrevistado(a) sobre as redes sociais</strong><br />
<br />
3.1 - Fale-nos da sua opinião acerca das redes sociais na Internet (mencionar, se necessário, o Facebook, Hi 5, Myspace ou Twitter) e quais as suas implicações no tipo de relações: <br />
<br />
• pedagógicas (notas do entrevistador: entre alunos e professores; possibilidades de interacção; o espaço de aprendizagem; tipos de actividades passíveis de serem desenvolvidas) <br />
<br />
• interpessoais (notas do entrevistador: entre jovens e pessoas das diferentes faixas etárias; tipos de interacção; actividades fomentadas; potencialidades da ferramenta) <br />
<br />
• familiares (notas do entrevistador: possibilidades de interacção, relações reais entre pais e filhos)<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>4. Expectativas do entrevistado(a) sobre a utilização das redes sociais no ensino</strong><br />
<br />
4.1 Considera que as redes sociais podem ser utilizadas em contexto educativo? <br />
<br />
4.2 Que exemplos pode fornecer de possíveis utilizações educativas das redes sociais? <br />
<br />
4.3 Considera que as redes sociais podem influenciar a prática pedagógica dos professores? De que forma? <br />
<br />
4.4 Considera existirem para os alunos, em termos de aprendizagem, vantagens na utilização educativa das redes sociais?<br />
<br />
4.5 Refira 2 vantagens e duas desvantagens que observa na utilização de redes sociais no ensino.<br />
<br />
<br />
<strong>5. Validação da Entrevista</strong>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-81644207846577998912009-12-23T19:36:00.001-05:002010-03-03T19:42:45.289-05:00Guião de Entrevista do Grupo Alémar - ConsideraçõesAntes de mais, os meus sinceros parabéns pelo trabalho realizado e pelo esforço de melhoria que tentaram implementar no vosso trabalho. Gostei da forma como fizeram o enquadramento/justificação do guião e penso que, de um modo geral, as questões estão bem elaboradas.<br />
No entanto, da leitura atenta que fiz do vosso guião existem algumas considerações a fazer e que penso serem consensuais, algumas das quais foram já abordadas em posts anteriores como são os casos da duração da entrevista, a necessidade de uma melhor organização das questões dentro de cada tema, a falta de numeração, a ausência de inclusão de questões desdobradas nas perguntas abertas e o carácter demasiado abrangente que, penso eu, acaba por limitar o seu enquadramento ( entrevista, questionário e questionário de respostas abertas). <br />
<br />
<br />
<br />
No entanto, o ponto menos conseguido seria a dificuldade, face ao tipo de questões demasiado fechadas que foram colocadas, de conseguir obter os elementos que permitam responder cabalmente à questão de investigação formulada sobre as expectativas dos professores relativamente à utilização de redes sociais, após a fase de verificação empírica (recolha de dados e análise da informação)<br />
<br />
<br />
<br />
Pedro Coelho do AmaralPedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-64017445222543474712009-12-22T19:32:00.000-05:002010-03-03T19:33:21.238-05:00Guião_Conjunto - Considerações<div style="text-align: justify;">Considero que 30 minutos (reais) de entrevista serão mais do que suficientes para o tipo de entrevistas apresentadas. Aliás, se fizermos uma análise aos diferentes guiões é possível observar que a maioria das entrevista é perfeitamente exequível em 30 minutos. Do ponto de vista de produtividade, convêm que as entrevistas sejam relativamente curtas para um posterior tratamento dos dados e para que o entrevistador consiga entrevistar o maior numero possível de entrevistados. Naturalmente que, tudo que acabei de referir, está intimamente ligado ao objecto de estudo e à quantidade e qualidade da informação que se pretende retirar das entrevistas. Se pensarmos do ponto de vista prático, e fizermos uma comparação com questionários demasiado longos, podemos observar que quanto mais longa for a entrevista, maiores serão as possibilidades de não se conseguir chegar ao final dessa mesma entrevista ou maior será a necessidade de cortar etapas para conseguir chegar ao seu términos.</div><div style="text-align: justify;">Em relação a uma possível gravação áudio da entrevista, considero que não existe qualquer problema nesse procedimento. Inclusive pode ser uma forma do investigador certificar-se de algum elemento de investigação que lhe possa ter escapado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Coelho do Amaral</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-7447326368049251902009-12-18T19:20:00.001-05:002010-03-03T19:27:37.847-05:00Análise do Guião de Entrevista dos Eurek@s<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">A estrutura do documento desenvolvida pelo grupo Eurek@s apresenta-se bem organizada, adequadamente estruturado, perguntas correctamente formuladas e com explicações detalhadas e esclarecedoras sobre os que é pretendido em cada bloco de questões. As notas que apresentam para o entrevistador ao longo da entrevista são mesmo, na minha opinião, uma das mais-valias deste trabalho.</div><div style="text-align: justify;">Existem, no entanto, alguns aspectos que considero puderem ser alvo de aperfeiçoamento, a saber:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» A duração da entrevista parece-me demasiado longa, apesar de se adequar à extensão das perguntas efectuadas. No entanto uma entrevista extensa como esta (45m) pode funcionar de forma contraproducente. Nesse sentido considero que alguns elementos poderiam ser aligeirados ou subtraídos de forma a conseguir reduzir a duração da entrevista e conseguir manter o entrevistado atento e disponível. Para se conseguir manter uma entrevista produtiva durante 45 minutos o entrevistado precisa dominar um conjunto de conhecimentos específicos sobre técnicas de entrevista e uma boa dose de experiência. Não nos podemos esquecer que, normalmente, num processo de investigação deste tipo, entrevistador e entrevistado são pessoas pouco habituadas a estar nesse papel.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» O facto de serem somente 15 entrevistados pode representar um problema de representatividade do universo a estudar. Creio que para obter a representatividade necessária seria preciso aumentar o número de entrevistados, especialmente quando se quer obter informação sobre um universo tão abrangente como é o dos professores do ensino básico e secundário. Outra hipótese seria que os 15 entrevistados fossem, por exemplo, de um mesmo grupo disciplinar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» Em relação à disposição geográfica das escolas, não é referido se as escolas se situam em grandes centros urbanos ou localidades mais pequenas. Assim como não referem se é no interior ou litoral. Creio que a simples divisão entre norte, centro e sul acaba por ser pouco rigorosa e não permite obter dados de comparação. </div><div style="text-align: justify;">» Assim como outros colegas, creio que a questão nº 7 torna-se um pouco descabida pela forma como é colocada. Da primeira vez que a li, parecia-me que estavam a repetir a questão. Apesar da justificação do João, considero que essa questão, a existir, poderia ser formulada de outra forma, por exemplo “Exerce algum outro tipo de actividade fora do âmbito do ensino? ou “Exerce algum tipo de actividade para além da docência? ”</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Coelho do Amaral </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-28425095428254016362009-12-09T06:41:00.003-05:002010-03-04T06:52:26.553-05:00Guião Entrevista Grupo Miperusa<a title="View Guião_Entrevista_Grupo Miperusa on Scribd" href="http://www.scribd.com/doc/27817535/Guiao-Entrevista-Grupo-Miperusa" style="margin: 12px auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -x-system-font: none; display: block; text-decoration: underline;">Guião_Entrevista_Grupo Miperusa</a> <object id="doc_579463902517312" name="doc_579463902517312" height="600" width="100%" type="application/x-shockwave-flash" data="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf" style="outline:none;" > <param name="movie" value="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf"><param name="wmode" value="opaque"><param name="bgcolor" value="#ffffff"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="FlashVars" value="document_id=27817535&access_key=key-1vr0w7tqt41mbdqahmjd&page=1&viewMode=list"><embed id="doc_579463902517312" name="doc_579463902517312" src="http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=27817535&access_key=key-1vr0w7tqt41mbdqahmjd&page=1&viewMode=list" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="600" width="100%" wmode="opaque" bgcolor="#ffffff"></embed> </object>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-80223576292244204022009-11-22T02:09:00.019-05:002009-11-30T06:43:50.815-05:00Intervenção 7_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados_Qualidade e Organização das Perguntas<div align="justify"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfDq1AHA8ZZIAUxX_JtW7WCcKTqMcim178e4Wv76pwCkP50oXsqFnIhyN9dDY8dzUqlPy0o_FAY3ySWluLBOi1vRuIGeZR9aEAuGVNljGNxcqNsrNSlCW34DkluhdUtt0F27ZjSQV7_HnE/s1600/pergunta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfDq1AHA8ZZIAUxX_JtW7WCcKTqMcim178e4Wv76pwCkP50oXsqFnIhyN9dDY8dzUqlPy0o_FAY3ySWluLBOi1vRuIGeZR9aEAuGVNljGNxcqNsrNSlCW34DkluhdUtt0F27ZjSQV7_HnE/s320/pergunta.jpg" yr="true" /></a><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">Qualidade e Organização das Perguntas num Questionário <span style="background-color: black;">(reflexão)</span></span></strong><br />
</div><br />
Outra questão importante refere-se à qualidade e organização das perguntas. Segundo Quivy e Campenhoudt (1995, p. 181), o nível se exigência varia consoante se trate de um questionário ou de um guião de entrevistas. No caso da entrevista, o guião é o seu suporte. Mesmo quando é muito estruturado, a condução da entrevista está na mão do entrevistador que pode conduzir, induzir, esclarecer e orientar o entrevistado. Pelo contrário, o questionário destina-se frequentemente à pessoa interrogada, sendo lido e preenchido por ela. Nesse sentido, o investigador deve ter uma preocupação acrescida em tornar as perguntas claras e precisas, isto é, formuladas de tal forma que todas as pessoas interrogadas as interpretem, dentro do possível, da mesma forma. Nesse sentido é necessário proceder à testagem das perguntas (pré-teste), numa amostra reduzida, para o investigador se assegurar de que as perguntas serão bem compreendidas e as respostas corresponderão, de facto, às informações que o estudo necessita obter.<br />
Na formulação do questionário existem um conjunto de etapas que, após a decisão da modalidade e do tipo de perguntas a fazer, torna-se necessário empreender com o objectivo de aumentar a qualidade e organização das perguntas. Tarefas como: proceder à sua redacção; determinar a sua ordem interna; ou estabelecer o seu número. Eis algumas possíveis boas práticas na qualidade e organização de perguntas:<br />
<strong>» Redacção:</strong> A redacção de uma pergunta – para que possa ser compreendida do mesmo modo por toda a população alvo – deve obedecer ao princípio da clareza, ou seja, ser estruturada de forma precisa, concisa e unívoca, suscitando convergência de interpretações, permitindo respostas claras e limitando a ambiguidade de tratamento. Deve ainda, obedecer ao princípio da coerência, ou seja, estar em conexão com o indicador que a prescreve, correspondendo directamente à intenção da pergunta. Deve ainda, responder ao princípio da neutralidade, isto é, não deverá, em caso algum, induzir o entrevistado a uma determinada resposta. Uma pergunta, tendo uma função explicativa, compreensiva ou, mesmo preditiva, deve ser neutra, libertando-se de qualquer referencial de juízos de valores ou de preconceitos do próprio autor.<br />
<strong>» Ordem</strong>: Esta tarefa de ordenação rigorosa das perguntas não se assume como algo fácil de determinar. O investigador deve, no entanto, ter presente que essa mesma distribuição pode interferir na recolha de dados. Algumas regras, normalmente utilizadas, definem que as perguntas gerais devem proceder as específicas e que as mais concretas devem preceder as abstractas.<br />
<strong>»Número:</strong> Não existem normas rígidas. No entanto, não se deve esquecer que um questionário com um número excessivo de perguntas tem fortes possibilidades de não ser integralmente respondido e, mesmo, abandonado por parte do entrevistado. Se certeza que algo semelhante já aconteceu a todos nós.<br />
Outros aspectos podem ser referidos acerca da qualidade e organização das perguntas e do questionário ou do pré-teste, tais como a sua apresentação. A esses aspectos voltarei em futura oportunidade.<br />
<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
<br />
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores<br />
Interviewing in qualitative research acedido em http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf (disponível em 11 de Novembro de 2009) <br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-58507273004795673492009-11-20T01:04:00.007-05:002009-11-30T06:45:42.926-05:00Intervenção 6_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados_Análise de Dissertação<div align="justify" style="text-align: center;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEileO8v3wz8DIw-turXPV9FUwzP8exauhAf1-_kqXMggZOtettnYx9l-82hVWU8xnDCOCsROfqTxym8_0Vu2D2Muw2RrMvU1p0NeUHVTCsWwyx3H3Rz4qQpo0n1tWadNWxPTGEX6abRmg49/s1600/amostragem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEileO8v3wz8DIw-turXPV9FUwzP8exauhAf1-_kqXMggZOtettnYx9l-82hVWU8xnDCOCsROfqTxym8_0Vu2D2Muw2RrMvU1p0NeUHVTCsWwyx3H3Rz4qQpo0n1tWadNWxPTGEX6abRmg49/s320/amostragem.jpg" yr="true" /></a><br />
</div><br />
<br />
<span style="color: #cfe2f3;"><span style="background-color: black;"><span style="font-size: large;"><strong>Método de Amostragem</strong> - </span></span></span><br />
</div><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="background-color: black; color: #cfe2f3; font-size: large;">Reflexão sobre a Dissertação Analisada</span></strong><br />
</div><strong><span style="background-color: black; color: #cfe2f3; font-size: large;"></span></strong><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">Na investigação sobre métodos de amostragem, consoante os autores pesquisados é possível encontrar diferentes nomenclaturas para processos que são semelhantes. Na leitura da obra de Pardal e Correia (1998, p. 40), os autores identificam a chamada <strong>Amostra de Área</strong> que caracterizam como um “Tipo particular de Amostra Estratificada” que ao invés de sortear indivíduos, sorteiam áreas. Neste tipo de amostra o universo é repartido em áreas, unidades grandes e homogéneas; entre essas áreas-amostras grandes, selecciona-se, ao acaso ou por recurso a intervalos regulares, uma parte, com vista a constituir a amostra; de seguida, procede-se à estratificação em segmentos de cada uma dessas áreas-amostra seleccionadas, cuidadosamente definidos como garante da sua homogeneidade; finalmente seleccionam-se, no interior de cada estrato unidades para compor a amostra. Os autores, nem a propósito, exemplificam uma possibilidade de Amostra de Área através da selecção de escolas do primeiro ciclo do ensino básico, sob o universo nacional. Pelas indicações, ou pela ausência delas, creio que a investigadora não utilizou esse tipo de amostra mais rigorosa. Sigo-me mais pela ideia do Paulo da amostra por conveniência e a amostra intencional.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">Interessa no entanto esclarecer melhor do que se trata <strong>amostra intencional</strong>. Este tipo de amostra é enquadrável na categorização de Amostra não-probabilistica ou empírica, ou seja, aquelas cujos fundamentos de selecções não dependem de construções estatísticas, embora a elas algumas possam recorrer, mas sim, e essencialmente do juízo do investigador. Para que a amostra intencional seja bem construída e tenha valor representativo, pressupõe que o investigador tenha sobre o universo, no mínimo, algum conhecimento e intuição. Essa amostra sofre, como é facilmente expectável, de serias limitações, das quais se destaca a subjectividade, não podendo, como referem Pardal e Correia (1998, p. 42), constituir como uma base sólida de representatividade do universo, tendo todavia, se for feita de forma criteriosa, possibilidades de fornecer indícios a respeito do fenómeno em estudo. Os autores alertam que este tipo de amostragem deve ser utilizada mais como ferramenta de sondagens prévias para fornecer linhas orientadoras de pesquisa do que propriamente como método de amostragem final.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">Também considero que a investigadora não identifica claramente o método de amostragem utilizado. Concordo com os colegas Paulo e a Paula, no sentido que identificam uma utilização de diferentes métodos de amostragem e que a sua justificação carece de rigor. Esses factos levam-me a considerar que a investigadora não recorreu, na escolha dos métodos de amostragem, a elementos metodológicos e cientificamente rigorosos de selecção, mas serviu-se sobretudo da sua intuição e provavelmente de conhecimentos pessoais, para elaborar essa mesma selecção.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Pedro Coelho do Amaral</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="color: white;"></span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editor</span><span style="color: white;">QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">PARDAL, Luís; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br />
<span style="color: white;"></span></span><br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-9592982224688530052009-11-18T20:08:00.002-05:002009-11-30T06:58:33.794-05:00Intervenção 5_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados_Questionário II<div align="justify"><div style="text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYtkNL4skTDdIMCkfF022GNsMD9yGiPJXKskdPQFzA-VOHiNflJePFAMEUxGL7uKXRN340pk-Gk238cVbKrj2CsIludk0IwpGMjLG-rd3L4il5ptD5SMi9tmUDsM6NbZ5W89pb_GxOG5DI/s1600/pergunta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYtkNL4skTDdIMCkfF022GNsMD9yGiPJXKskdPQFzA-VOHiNflJePFAMEUxGL7uKXRN340pk-Gk238cVbKrj2CsIludk0IwpGMjLG-rd3L4il5ptD5SMi9tmUDsM6NbZ5W89pb_GxOG5DI/s320/pergunta.jpg" yr="true" /></a><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">A Escolha das Perguntas num Questionário</span></strong><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
<br />
</div>Tal como prometido, volto ao Questionário para acrescentar alguns elementos mais operacionais relacionados com esta técnica de recolha de dados.<br />
Podemos afirmar que um questionário para ser um instrumento de informação rigoroso necessita de todo um trabalho prévio que pressupõe um conjunto de procedimentos metodológicos e técnicos prévios. Esses procedimentos vão desde a formulação do problema até à aplicação, numa amostra reduzida similar à amostra-estudo, no que se refere à distribuição das características, ao pré-teste que, ao constituir-se como um estudo piloto, permite facultar os necessários dados empíricos que correctamente analisados e avaliados contribuem para o melhoramento do questionário final (na tese analisada observamos esse esforço de análise e avaliação dos resultados do pré-teste).<br />
Na preparação do questionário, a escolha das perguntas é uma etapa essencial, tendo em conta que as respostas que o leque de perguntas colocadas vai proporcionar são uma consequência da qualidade da sua formulação.<br />
Existem diferentes modalidades de perguntas e que alguns autores referem como <strong>abertas, fechadas ou de escolha múltipla</strong>. Eis algumas das suas características:<br />
<strong>Perguntas Abertas:</strong> Toda e qualquer pergunta que permite plena liberdade de resposta ao inquirido. Este tipo de perguntas deve ser alvo de utilização criteriosa. A sua utilidade, segundo Pardal e Correia (1998, p. 54), é maior sobretudo em duas situações: quando se tem pouca ou nenhuma informação sobre o tema em estudo ou quando se pretende estudar um assunto em profundidade. Umas das características deste tipo de questão é que a tabulação das perguntas abertas reveste-se de extrema complexidade, seja pela variedade de informação que podem apresentar, seja porque o seu tratamento ocupa bastante tempo.<br />
<strong>Perguntas Fechadas:</strong> Dizem-se fechadas aquelas perguntas que limitam o informante à opção por uma de entre as respostas previamente apresentadas. A utilização típica da pergunta fechada é a tradicional questão dicotómica, na qual o inquerido deve optar entre o Sim ou o Não.<br />
<strong>Perguntas de Escolha Múltipla:</strong> São uma modalidade de perguntas mais difícil de caracterizar. Configuram tendencialmente uma modalidade fechada, permitindo ao inquirido a escolha de uma ou várias respostas de um conjunto apresentado. No entanto, a sua formulação apresenta-se, todavia, muito diversificada. Pardal e Correia (1998, p.55), ressalvando a diversidade de formas que as mesmas podem assumir, dividem as perguntas de escolha múltipla em perguntas em leque (o inquirido é convidado a escolher uma ou várias respostas entre as diversas alternativas apresentadas, podendo-lhe ainda ser pedida a ordenação de algumas ou de todas. Esta modalidade pode ser mais aberta ou fechada) e perguntas de avaliação ou estimação (semelhantes às perguntas em leque fechado, na qual o inquerido tem como única opção, num conjunto de respostas, a possibilidade de escolher uma das alternativas propostas, à qual é acrescentado um elemento quantitativo. As perguntas de estimação procuram captar os diversos graus de intensidade face a um determinado assunto, existindo diversos instrumentos de medida para o seu tratamento.) Estas ultimas perguntas são muito utilizadas em investigação pois possuem diversas vantagens, tais como: respostas relativamente simples; possibilitam a concentração do inquirido no problema em estudo; e facilitam o trabalho de tabulação.<br />
<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores <br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-86960204420479006002009-11-17T18:11:00.007-05:002009-11-30T06:35:28.151-05:00Intervenção 4_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados_Análise da dissertação com Questionário<div align="justify"><br />
<span style="color: black;"><strong></strong></span><br />
</div><div align="justify"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBxRQa89_KtOTaGdqa37g6Er6d2sKK1m94zG9snUSiphRm-IEgNsydZllhOz8KtazvtiK1FyCqXTgn1NI7liL0HAje1-xfkDmzm9D2L_AxYUalw87SxwNK7lZcmfiZTrT_sxrYt9gpNP2p/s1600/photo_7433_20090722.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBxRQa89_KtOTaGdqa37g6Er6d2sKK1m94zG9snUSiphRm-IEgNsydZllhOz8KtazvtiK1FyCqXTgn1NI7liL0HAje1-xfkDmzm9D2L_AxYUalw87SxwNK7lZcmfiZTrT_sxrYt9gpNP2p/s320/photo_7433_20090722.jpg" yr="true" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;"><strong>Análise Individual da Dissertação - </strong></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;"><strong>Métodos Quantitativos de Recolha de Dados</strong></span><br />
</div><br />
Após a análise da dissertação intitulada O PAPEL DA INTERNET NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO da autoria de Cidália Neto e tendo como suporte a pesquisa efectuada ao longo do Tema 1 e 2, início a minha participação neste fórum específico tentando dar resposta às questões iniciais colocadas pela professora. Apesar de não desejar repetir informação já prestada pelos meus colegas Paula e Rui, e atendendo ao facto de estarmos a analisar um documento único, vejo-me no entanto na obrigação de apresentar os resultados da minha pesquisa, mesmo que tal represente em alguns momentos uma repetição de respostas já fornecidas.<br />
Respondendo directamente à primeira questão, posso afirmar que a autora <strong>apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário</strong>, utilizando para esse efeito uma perspectiva piramidal ou em funil na sua apresentação dos objectivos. Começa por referir, numa macro caracterização, que os objectivos do estudo são os de verificar a representação que professores e alunos têm acerca da Internet, bem como caracterizar a utilização que fazem deste meio de aceder à informação (Resumo, p.iii). Posteriormente, numa perspectiva ainda abrangente mas mais descritiva (Capitulo I – Enquadramento do Tema no Ponto 2. Importância do Estudo), sistematiza os objectivos gerais que nortearam o estudo (p. 13), a saber:<br />
• Verificar as condições de acesso à Internet (professores e alunos).<br />
• Caracterizar a relação de professores e alunos com a Internet, numa perspectiva comparativa.<br />
• Analisar as representações dos dois grupos, no que respeita à Internet e ao seu papel na sociedade, em geral, e na educação formal, em particular.<br />
• Averiguar a forma como os alunos realizam uma pesquisa na Internet.<br />
É no entanto no Capitulo III - Internet, representações, usos e expectativas - ponto 2º - Objectivos de estudo (p. 64) que, de forma mais particular e operacional, e partindo dos objectivos gerais e das considerações entretanto referidas, esclarece que o presente estudo visa dois grupos de sujeitos, professores e alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico, e na sua génese estiveram os seguintes objectivos específicos:<br />
• Verificar a facilidade de acesso (ou não) à Internet.<br />
• Verificar a frequência de acesso à rede.<br />
• Apurar as razões de uma fraca navegação na Internet (se for o caso).<br />
• Identificar os interesses que motivam o acesso à rede.<br />
• Caracterizar a relação dos dois grupos com a Internet, em termos técnicos.<br />
• Identificar as representações que os actores educativos têm acerca dos conteúdos presentes na Rede e sua organização.<br />
• Verificar o grau de importância atribuída à Internet.<br />
• Aquilatar o grau de confiança relativamente aos conteúdos que circulam na<br />
Internet.<br />
• Comparar as perspectivas e práticas dos dois grupos alvo.<br />
Em relação ao grupo de professores, acrescenta ainda os seguintes pontos:<br />
• Caracterizar a relação dos alunos com a Internet, sob o ponto de vista dos professores, em termos técnicos e cognitivos.<br />
• Verificar se os professores ajudam os alunos nas suas pesquisas realizadas na Internet.<br />
No ponto 3 do mesmo capítulo (p.65) desenvolve uma <strong>clara identificação da amostra</strong> indicando o universo da amostragem (valores relativos ao total de inquéritos distribuídos aos alunos e professores participantes), a faixa etária e nível de escolaridade dos alunos, a definição da área de aplicação do questionário (identificação das escolas da DREN, do distrito do Porto e Bragança), e <strong>indica o método usado na sua amostra</strong>, a saber: Justifica a escolha da localização geográfica com o objectivo de permitir uma comparação dos resultados entre o litoral e o interior, que pela situação geográfica desfavorável e diferentes estilos de vida poderiam apresentar resultados diferentes, fundamentando ainda o critério de selecção das escolas pela existência de professores aí colocados que mostraram interesse em colaborar na aplicação dos inquéritos junto dos alunos e colegas, bem como a presença de computadores ligados à Internet para uso dos alunos; Esclarece que a razão da escolha da faixa etária e nível de escolaridade dos alunos “(…)justifica-se pelo facto de o 8º ano significar a entrada no período da adolescência e possuir características muito próprias relativamente ao sétimo .”; refere ainda, relativamente aos professores, a ausência de necessidade de estabelecer, “(…) qualquer distinção entre zonas geográficas, visto que a vida profissional de grande parte dos docentes se caracteriza pela mobilidade constante.”<br />
Esclarece ainda no ponto 4 quais os <strong>instrumentos de investigação utilizados</strong> descrevendo-os como "(…) dois questionários, um destinado a professores e outro aos alunos, constituídos por perguntas fechadas e por questões de escolha múltipla, pretendendo-se que satisfizessem os objectivos propostos."<br />
No ponto 5 - Validação do questionário – a autora, de forma sucinta mas directa, responde à pergunta "<strong>O questionário usado foi objecto de validação prévia?"</strong>, afirmando que “(…)foi elaborada uma primeira versão e submetida à apreciação de 20 alunos e 10 professores. As dificuldades, dúvidas e sugestões dos intervenientes permitiram corrigir aspectos de forma e conteúdo. Assim, foi reformulada a redacção das questões 11 e 12 e acrescentados tópicos às opções da pergunta 12. (p.66)”<br />
Para terminar esta primeira ronda de questões e respondendo sobre <strong>quais as indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário</strong>, a autora no ponto 7 (Tratamento e análise dos dados) do terceiro capitulo refere que os dados foram tratados e analisados em consonância com os objectivos de investigação previamente definidos e que “(...) para a sua análise estatística recorreu-se ao programa de computador Excel, sendo os resultados apresentados, sempre que útil, na sua perspectiva percentual.”<br />
Em relação à questão: <strong>“Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?”,</strong> devo referir que, partindo do princípio que compreendi de forma correcta a questão colocada, não consegui encontrar qualquer referência, directa ou indirecta, que me permitisse responder de forma afirmativa.<br />
Após esta primeira intervenção, orientada para uma resposta directa às perguntas colocadas, tentarei em intervenções seguintes fazer uma análise crítica dos elementos identificados.<br />
<br />
Pedro Coelho do Amaral <br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-41048966122626436862009-11-16T17:47:00.004-05:002009-11-30T07:17:46.783-05:00Intervenção 3_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados_Entrevista<div align="justify"><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">Entrevista enquanto Técnica de Recolha de Dados </span></strong><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: red;"><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">(Reflexão Geral)</span> <br />
</span></strong><br />
</div><div style="text-align: justify;">Depois de caracterizar o questionário, enquanto técnica da recolha de dados, passo a caracterizar sucintamente algumas características da entrevista.<br />
</div><div style="text-align: justify;">A entrevista é uma técnica de recolha de dados de larga utilização no âmbito da investigação social. Face ao questionário podemos dizer que existem algumas vantagens mas também algumas limitações. Nas diferentes formas que pode adquirir, a entrevista distingue-se de outras técnicas de recolha de dados pela real aplicação dos processos fundamentais de comunicação e interacção humana. Se bem estruturada, a entrevista permite reter um conjunto de informação e elementos de reflexão de enorme riqueza. Contrariamente ao inquérito por questionário, os métodos de entrevista caracterizam-se por um contacto directo entre quem investiga e os seus interlocutores. A opção por um ou outro dos tipos de entrevistas existentes – ou por outras modalidades que possam ser construídas pelo investigador – depende de diversos factores, que podem ir desde o objecto de estudo, características das população alvo, etc. A entrevista exige uma preparação muito cuidada dos entrevistadores, tanto ao nível dos conhecimentos, como dos comportamentos necessários face ao entrevistado (qualidade e os conhecimentos do entrevistador e, mesmo, o seu aspecto e sensibilidade). Existem algumas variantes, às quais são , consoante os autores consultados, atribuídos nomes diversos. Os principais tipos de entrevista podem ser divididos nas seguintes modalidades:<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entrevista estruturada: obedece a um enorme rigor na colocação de perguntas ao entrevistado. Tem um carácter estandardizado em diferentes níveis (formulação, sequenciação, e vocabulário das perguntas). Entrevistador e entrevistado são condicionados pelo rigor da técnica, submetidos a um guião inflexível, possuindo ambos uma liberdade de actuação muito limitada. Nesta tipologia de entrevista estruturada, torna-se necessário um extremo rigor na sua execução para que a informação obtida seja igualmente rigorosa. No entanto esse mesmo rigor pode funcionar de forma contraproducente ao ser retirada, alguma espontaneidade e flexibilidade.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entrevista não - estruturada: A entrevista não estruturada permite maior liberdade de actuação. Dir-se-ia tratar-se de uma conversa livre entre entrevistador e entrevistado, em que o primeiro, de qualquer maneira, não pode sugerir respostas ao interlocutor. Este tipo de entrevista pode assumir diferentes formas, sendo a entrevista não-dirigida e dirigida, algumas das técnicas mais utilizadas de entrevista. Quivy e Campenhoudt (1998, p. 193) destacam a focused interview que tem por objectivo analisar o impacto de determinado acontecimento ou de uma experiência precisa. Ao longo desse tipo de entrevista, o entrevistador dispõe de uma longa lista de tópicos relativos ao tema estudado.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entrevista semi-estruturada /semidirectiva ou semidirigida: segundo Quivy e Campenhoudt (1998, p. 192) é a mais utilizada em investigação social, assumindo-se como um meio-termo com características nem inteiramente livres ou abertas, nem inteiramente estanques e rigorosas. O entrevistador, entrevistado e processo de comunicação podem assumir uma posição formal, mas sem um leque de perguntas estabelecidas à priori de forma absolutamente linear. Geralmente o investigador dispõe de um referencial de perguntas-guias, relativamente abertas, a propósito das quais é imperativo receber uma informação da parte do entrevistado, sendo lançadas à medida do desenrolar da conversa. Pretende-se que o entrevistado fale abertamente, com as palavras que desejar e pela ordem que lhe convir. Deseja-se que o discurso do entrevistado vá fluindo livremente. O entrevistador deve-se esforçar por reencaminhar a entrevista para os objectivos cada vez que o entrevistado deles se afastar e por colocar as perguntas às quais o entrevistado não chega por si próprio no momento mais apropriado e de forma tão natural quanto possível.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Algumas das suas principais vantagens:<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» Informação mais rica e diversificada<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» O grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» A flexibilidade e a fraca directividade do dispositivo que permite recolher os testemunhos e as interpretações dos interlocutores, respeitando os próprios quadros de referência – a sua linguagem e as suas categorias mentais.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Algumas desvantagens ou possíveis limites:<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» A excessiva flexibilidade e faltas de directivas técnicas precisas do método podem criar diferentes formas de abordagem à entrevista criando efeitos contrários.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» Limitação na recolha de informação sobre assuntos considerados delicados<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">» Fraca possibilidade de aplicação a grandes universos.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Coelho do Amaral<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Interviewing in qualitative research acedido em http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf (disponível em 11 de Novembro de 2009)<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-4310345262819223082009-11-16T02:12:00.004-05:002009-11-30T07:32:18.706-05:00Intervenção 2_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados_Questionário<div align="justify"><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;"><strong>Questionário enquanto Técnica de Recolha de Dados </strong></span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;"><strong></strong></span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;"><strong>(Reflexão Geral)</strong></span> <br />
</div><br />
<br />
Numa análise individual de cada uma das principais técnicas de recolha de dados começo por caracterizar aquela que dediquei, até ao momento, uma maior atenção muito por culpa da análise que tivemos que efectuar à tese proposta, ou seja, o questionário.<br />
Podemos referir que o questionário constitui-se como uma das técnica de recolha de dados mais utilizada no âmbito da investigação sociológica. Existe, um outro instrumento de recolha de informação muito similar ao questionário, designado por Cédula ou Formulário.<br />
Fazendo uma breve descrição, podemos referir que o questionário é adequado a uma utilização pedagógica pelo carácter preciso e formal da sua construção e aplicação prática. Consiste, fundamentalmente, em colocar a um conjunto de inquiridos, geralmente representativos de uma população, uma serie de perguntas relativas à sua situação social, profissional ou familiar, às suas opiniões à sua atitude em relação a opções ou questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao se nível de conhecimento ou de consciência de um acontecimento ou problema, ou ainda sobre qualquer outro ponto que interesse aos investigadores. Pode assumir uma variante de Administração Indirecta – o próprio inquiridor o completa a partir das respostas que lhe são fornecidas pelo inquirido ou administração Indirecta – Quando é o próprio inquirido que o preenche<br />
O inquérito é especialmente indicado para os seguintes objectivos:<br />
» O conhecimento de uma população enquanto tal: as suas condições e modos de vida, os seus comportamentos, os seus valores e as suas opiniões.<br />
» A análise de um fenómeno social que se julga poder apreender melhor a partir de informações relativas aos indivíduos da população em questão<br />
» De um maneira geral, os casos em que é necessário interrogar um grande nº de pessoas e em que se levanta um problema de representatividade.<br />
As principais vantagens da sua utilização são:<br />
» Possibilita quantificar uma multiplicidade de dados e de proceder por conseguinte, a numerosas análises de correlação.<br />
» O facto de a exigência, por vezes essencial, de representatividade do conjunto dos entrevistados poder ser satisfeita através desse método. Comparando com outros instrumentos de recolha de dados, o questionário é susceptível de ser administrado a uma amostra lata do universo. É preciso sublinhar, no entanto, que esta representatividade nunca é absoluta, está sempre limitada por uma margem de erro e só tem sentido em relação a um certo tipo de perguntas – as que têm um sentido para a totalidade da população em questão.<br />
» Garante, em princípio, o anonimato que é uma condição necessária para a autenticidade das respostas e não necessita de ser respondido de forma imediata, permitindo ao inquirido a escolha da hora mais adequada para o efeito.<br />
» Formulário já exige outros requisitos (mais caro, recursos humanos devidamente preparados, etc.)<br />
As possíveis desvantagens são:<br />
» O peso e o custo geralmente elevado do dispositivo no caso de formulários<br />
» Não é aplicável a analfabetos e só o é, com reservas, a inquiridos com dificuldade de compreensão das respostas, o que impede de ser utilizado na realização de diversos estudos<br />
» A superficialidade das respostas, que não permite a análise de certos processos. Os resultados apresentam-se muitas vezes como simples descrições, desprovidas de elementos de compreensão penetrantes (menos ligado ao próprio método e mais a fraquezas teóricas ou metodológicas daqueles que o aplicam)<br />
» A individualização dos entrevistados, que são considerados independentemente das suas redes de relações sociais.<br />
» O carácter relativamente frágil da credibilidade do dispositivo, necessitando do preenchimento de um conjunto de condições para ser de absoluta confiança.<br />
Para que o Post não fique demasiado longo, voltarei ao questionário mais tarde.<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
<br />
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores<br />
Interviewing in qualitative research acedido em http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf (disponível em 11 de Novembro de 2009) <br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-60414359640122082642009-11-15T20:35:00.001-05:002009-11-27T21:03:14.422-05:00Intervenção 1_Tema 2_A Recolha de Dados_Métodos Quantitativos de Recolha de Dados<div align="justify"><br />
Antes de fazer um apanhado geral da diferentes técnicas de recolha de dados obtidas a partir da pesquisa efectuada, discutir as suas vantagens e procurar ver em que casos serão úteis, torna-se importante enquadrar os métodos de recolha de dados a partir de algumas considerações que recolhi na revisão da literatura disponível, a saber:<br />
<br />
» As técnicas ou métodos de recolha de dados são um instrumento de trabalho que possibilita a realização de uma pesquisa. Por outras palavras, um modo de se conseguir a efectivação do conjunto de operações em que consiste o método, com vista à verificação empírica – confrontação do corpo de hipóteses com a informação colhida na amostra.<br />
<br />
» A escolha dos métodos de recolha dos dados depende dos objectivos da investigação, do modelo de análise e das características do campo de análise.<br />
<br />
» Antes de escolher é importante assegurarmo-nos da sua pertinência em relação aos objectivos específicos de cada trabalho, às suas hipóteses e recursos que dispomos.<br />
<br />
» Anteriormente à construção do método de recolha de dados, há todo um trabalho prévio, conducente à definição de indicadores prescritivos das perguntas a colocar correlacionados com o quadro teórico de referência.<br />
<br />
» Toda e qualquer técnica de recolha de dados apresenta vantagens e desvantagens de utilização. Cabe ao utilizador pesar umas e outras e, face a ambas, tomar as decisões e ter os respectivos cuidados.<br />
<br />
» A triangulação de diferentes técnicas de recolha de dados permite várias perspectivas sobre a mesma situação.<br />
<br />
Eis algumas das principais técnicas, a partir das quais, em próximos posts, analisarei as suas principais características:<br />
<br />
Exemplos:<br />
<br />
1. Questionário<br />
<br />
2. Entrevistas<br />
<br />
3. Estudo por Observação<br />
<br />
4. Análise e Recolha de conteúdo de dados preexistentes<br />
<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
<br />
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
<br />
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores<br />
<br />
Interviewing in qualitative research acedido em http://fds.oup.com/www.oup.co.uk/pdf/0-19-874204-5chap15.pdf (disponível em 11 de Novembro de 2009) <br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-58930903462720807842009-11-01T19:43:00.002-05:002009-11-30T07:40:29.550-05:00Intervenção 9_Tema 1_O Processo de Investigação_Planear uma Investigação IV<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Continuando os conselhos, e agora relativamente à 7 e à 8º questão, se tivesse que aconselhar um colega sobre as técnicas de recolha de informação dir-lhe-ia que as técnicas são um instrumento de trabalho essencial para a viabilizar a realização da pesquisa. Será através de um correcto procedimento que será possível efectivar o conjunto de operações em que consiste o método, com vista à verificação empírica, ou seja, confrontação do corpo de hipóteses com a informação recolhida na amostra.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Existem diferentes técnicas de recolha de informação ou dados com diferentes variantes, vantagens, limites e problemas, tais como: questionários, entrevistas, observação directa, recolha de dados preexistentes (secundários e documentais), testes, discussão em grupo, etc.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Segundo Pardal e Correia (1998, 49): “Essa selecção de técnicas situa-se entre a fase de concepção do modelo de análise e a verificação empírica”.<br />
</div><div style="text-align: justify;">O resultado da verificação empírica posterior, validada pelas técnicas de análise de dados é também um passo fundamental e que exige um enorme rigor metodológico e científico. Ou seja, se a montante as técnicas de recolha de informação forem alvo de uma selecção adequada e criteriosa e a jusante existirem ferramentas de análise condizentes que tratem a informação recolhida de forma correcta torna-se possível verificar empiricamente a coincidência(ou não) dos resultados observados com os resultados esperados, conforme o corpo de hipóteses.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Daí será possível, de forma verificável e replicável, partir para as conclusões do trabalho na qual o investigador apresenta no seu estudo os novos conhecimentos relativos ao objecto de análise, os novos conhecimentos teóricos e a perspectivação prática do seu trabalho (Quivy e Campenhoudt: 1995,244-248).<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Coelho do Amaral<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade –<br />
</div><div style="text-align: justify;">Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
</div><div style="text-align: justify;">QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-16948749515830808472009-11-01T18:27:00.003-05:002009-11-30T07:40:06.854-05:00Intervenção 8_Tema 1__O Processo de Investigação_Planear uma Investigação III<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em relação à pergunta 6, se tivesse que auxiliar o meu colega diria que ao fazer a sua análise do fenómeno de estudo social, e na impossibilidade de inquirir todo o universo alvo de investigação, ele deveria ser bastante rigoroso na escolha e caracterização das amostras, enquanto parcelas significativas, representativas e caracterizadoras do todo.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Se gundo Quivy Campenhoudt (1995, 161), estudar uma amostra representativa de determinada população impõe-se quando estão reunidas duas condições, a saber:<br />
</div><div style="text-align: justify;">» Quando a população é muito volumosa e é preciso recolher muitos dados para cada indivíduo ou unidade;<br />
</div><div style="text-align: justify;">» Quando, sobre os aspectos que interessam ao investigador, é importante recolher uma imagem globalmente conforme à que seria obtida interrogando o conjunto da população, resumindo, quando se põe um problema de representatividade.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Os autores referem ainda a possibilidade, em muitos casos, de estudar componentes não estritamente representativas, mas características da população.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Dir-lhe-ia, então, que uma boa construção da amostra, poderia substituir de forma válida, a necessidade de conhecer todo o universo estudado, mas que tivesse em conta que uma amostra nunca é uma replica fiel ou exacta do universo. Basta estarmos atentas às últimas sondagens eleitorais nas quais, apesar do conhecimento científico acumulado, são cometidos graves erros científicos, acabando em resultados viciados (de forma consciente ou não) e errados. Naturalmente que a amostra é um procedimento cientifico que visa perante a impossibilidade de estudar o todo retirar partes, que com uma segurança razoável permitem conhecer o todo. Aconselharia então a definir de forma clara e precisa o universo a ser estudado, pois se essa definição estiver enferma na sua caracterização, incompleta, imprecisa e de interpretação ambígua, conduzirá a conclusões erradas, viciadas e enganadoras.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Podemos então dizer que, apesar de todas as amostras serem sujeitas ao erro (daí a existência de margens de erro), é possível determina-los através de recursos estatísticos.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Aconselharia então o meu colega, ao planear a sua amostragem, seguir as seguintes regras (Pardal e Correia: 1998, 33):<br />
</div><div style="text-align: justify;">» Caracterizar com clareza o universo<br />
</div><div style="text-align: justify;">» Decidir pelo tamanho e tipo de amostra – uma unidade de amostragem ou de análise -, atendendo aos critérios de representatividade definidos previamente;<br />
</div><div style="text-align: justify;">» Explicitar técnicas de amostragem a aplicar<br />
</div><div style="text-align: justify;">» Construir a amostra<br />
</div><div style="text-align: justify;">Os autores, em relação aos tipos de amostra dividem-nas em aleatórias ou probabilísticas, não probabilísticas e empíricas ou mistas.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Em relação à questão colocada pela professora, concordo em absoluto com a fundamentação apresentada pela Paula.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Coelho do Amaral<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia Científica 1989 – S. Paulo - Atlas Editora<br />
</div><div style="text-align: justify;">QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
</div><div style="text-align: justify;">PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. 1998 – Areal Editores<br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-37724475326687506902009-11-01T02:47:00.002-05:002009-11-30T07:38:55.951-05:00Intervenção 7_Tema 1__O Processo de Investigação_Planear uma Investigação IIApós a definição da problemática e considerando que a problemática é a abordagem ou a perspectiva teórica que o investigador decide adoptar para tratarmos o problema formulado pela pergunta de partida é necessário proceder à fase de construção dos restantes instrumentos/enquadramentos teóricos e técnicos que permitirão criar um estudo cientificamente válido<br />
Se cada tema de investigação pode ser investigado sob diferentes perspectivas científicas, nesta etapa devemos identificar as diferentes perspectivas possíveis, e escolher uma perspectiva, ou combinação de perspectivas, que iremos adoptar no trabalho de investigação. Respondendo directamente à questão nº 4, podemos afirmar que o quadro teórico de referência que resulta da evolução e síntese criteriosa da problemática vai ser o sustentáculo de toda a investigação e responsável pela sua credibilidade científica. Diria ao meu colega que esta fase é essencial e que o seu trabalho de investigação necessita de uma clara explicitação dos objectivos da investigação e consequentemente uma especificação das hipóteses de investigação, devidamente enquadrado no paradigma escolhido e na metodologia associada. Será esse quadro teórico devidamente fundamentado que permitirá sustentar e fundamentar cientificamente o modelo de análise que consta de um corpo de hipóteses – hipótese ou hipóteses de trabalho e, eventualmente, hipóteses adicionais. Os conceitos e definições implícitos ao paradigma escolhido e metodologia associada serão imprescindíveis para uma adequada explicitação dos objectivos da investigação e respectiva especificação das hipóteses de investigação. Se as hipóteses são um instrumento orientador da investigação, facilitador da selecção de dados e organização da sua análise, ao ser enquadrada por um corpo teórico ou conceptual devidamente fundamentado, torna-se possível por essa mesma análise à prova, confrontando a teoria e a realidade empírica, possibilitando (inclusive) a formulação de novas hipóteses. Sugeria-lhe também que as hipóteses, deviam cobrir de forma coesa, coerente e articulada a total dimensionalidade do problema, recorrendo a uma selecção precisa das variáveis e definição dos indicadores. No caso das variáveis e seguindo o pensamento de Pardal e Correia (1998,15), dir-lhe-ia que a sua definição passa por o cumprimento de algumas regras básicas, a saber:<br />
» Estudar a bibliografia sobre o assunto<br />
» Analisar o problema com colegas e professores, particularmente aqueles que já estudaram o assunto<br />
» Tentar localizar material não publicado ou pesquisa elaborada sobre o assunto<br />
» Tentar obedecer às etapas na reespecificação conceptual<br />
» Desenvolver as hipóteses em pormenores claros, incluindo as suas conexões com a teoria social<br />
» Estabelecer contacto real, quando possível, com o fenómeno em estudo.<br />
Pedia-lhe também para estar particularmente atento à definição dos indicadores que, funcionando como subdimensões das variáveis, devem-se constituir como um corpo preciso, significativo e essencial de forma a serem cobertas as diferentes dimensões das variáveis definidas. Quanto mais completos forem os indicadores de determinada variável mais completa será a posterior validação da hipótese de trabalho.<br />
Até já<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. Porto: Areal Editores, 1995.<br />
Ceia, Carlos - Como Fazer uma Tese de Doutoramento ou uma Dissertação de Mestrado – Curso Prático - http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/guias.htmPedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-59227303266697536662009-10-31T16:02:00.003-04:002009-11-30T07:37:54.939-05:00Intervenção 6_Tema 1_O Processo de Investigação_Planear uma Investigação I<div align="justify"><br />
<div style="text-align: center;"><strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">Procedimentos e Boas Práticas na Planificação de uma Investigação <span style="font-size: small;">(reflexão sobre as questões colocadas no fórum)</span></span></strong><br />
</div><br />
Numa tentativa de responder às questões colocadas pela professora, e baseando a minha opinião nas fundamentações apresentadas pelos meus colegas e por uma revisão criteriosa da literatura consultada, será possível elaborar um conjunto de procedimentos que considero essenciais na elaboração de um projecto de investigação, e que de certeza fariam parte dos possíveis conselhos que (amavelmente) prestaria a quem os pedisse.<br />
Como ponto prévio, afirmaria que ao desenvolver um projecto de investigação social é expectável ou exigível que esse estudo se assuma como um contributo válido para uma dada área do conhecimento científico dentro do espectro das ciências sociais. Torna-se então necessário que o investigador, na elaboração da sua investigação actue seguindo os princípios do rigor metodológico. Esse rigor pode-se expressar nos seguintes parâmetros, a saber:<br />
Um trabalho de investigação deve começar por definir claramente o problema a tratar e a sua relevância científica (deve ser escolhido um tema original nunca antes abordado ou uma abordagem nova a um assunto já estudado), os objectivos a alcançar e a metodologia ou combinação de metodologias escolhida para atingir os resultados pretendidos. No final do processo o investigador deve estar convencido (e conseguir convencer os seus pares) que a questão investigada foi devidamente tratada e foram apresentados argumentos cientificamente fundamentados. Nesse sentido poder-se-á afirmar que a formulação do problema de investigação é a base que sustenta todo o projecto. Fazendo uma analogia com o audiovisual (a minha área de formação e especialização), não existe um bom projecto cinematográfico sem uma boa ideia, uma boa história a contar. Mesmo que tudo o resto tenha qualidade, seja a planificação (sinopse, storyboard, argumento, planificação técnica, equipa de trabalho, etc.), a produção ou a pós-produção, se não existir uma boa história por detrás, o projecto final até pode funcionar como um excelente exercício de estilo, mas nunca será uma grande obra cinematográfica. O mesmo se passa numa investigação.<br />
Traduzir um objecto de investigação sob a forma de uma pergunta de partida só será útil se essa pergunta for correctamente formulada. Se a investigação parte de um problema que se consubstancia numa pergunta operacional, logo esta deve ser precisa, inequívoca e realista, respondendo aos princípios da clareza, da exequibilidade e da pertinência. Esse seria o meu conselho em relação à 1ª questão e isso só será possível se na fase de exploração ou ruptura se fizer um correcto balanço das possíveis problemáticas extraídas das leituras, entrevistas ou outros instrumentos exploratórios, o que contribuirá, provavelmente para um novo olhar do investigador face ao problema de estudo. A problemática elabora-se progressivamente em função da dinâmica própria deste trabalho inicial de investigação que irá permitir formular os principais pontos teóricos da investigação, a pergunta que estrutura finalmente o trabalho, os conceitos fundamentais e as ideias gerais que inspirarão a análise. Tentando responder à segunda pergunta, aconselharia o meu colega a fazer uma exaustiva revisão da literatura existente sobre o assunto a ser estudado, recorrendo a bases de dados públicas de teses e dissertações, à aquisição de obras de referência e às mais recentes obras publicadas. No entanto, sabendo que este processo pode ser extremamente complexo, aconselharia o meu colega a fazer uma escolha e organização das leituras de forma muito cuidadosa e rigorosa. Sabemos que este passo pode acabar por trazer consequências desastrosas para o processo de investigação. Se o investigador consumir demasiado tempo na leitura das referências bibliográficas, poderá prejudicar de sobremaneira a cronologia temporal estimada para o seu projecto de investigação. Como deve então proceder o investigador? Quais os critérios a reter? Eu aconselharia uma leitura de obras directamente relacionadas com a pergunta de partida, não tentar ler todas as obras na sua totalidade escolhendo, numa primeira análise, reflexões de síntese ou artigos mais objectivos e de menor dimensão, procurar documentos que não se limitem a apresentar dados, mas incluam também elementos de análise e interpretação, escolher textos que apresentem abordagens diversificadas do fenómeno estudado e por fim partilhar as leituras com os outros, sejam colegas, professores, orientadores, etc. Essa partilha e discussão poderá ser essencial para libertar o investigador e dar-lhe a conhecer outras perspectivas.<br />
Para terminar esta primeira intervenção sobre as questões colocadas pela professora, e numa tentativa de responder à 3ª questão, aconselharia o meu colega a definir correctamente o paradigma dominante em que se insere a sua investigação. Como sabemos, o paradigma influencia as metodologias utilizadas. Sabemos também que diferentes metodologias colocam diferentes exigências de recursos e tempo de investigação, produzindo diferentes resultados. Uma metodologia adequada ou combinação adequada de metodologias será aquela que permite atingir os objectivos pretendidos no tempo e com os recursos disponíveis. Nesse sentido, e sendo honesto comigo próprio e com o meu colega, dir-lhe-ia que ainda não me sinto suficientemente à vontade (apesar das exaustivas leituras e discussões sobre o tema) para poder-lhe ajudar, sem correr o risco de estar a prestar uma ajuda omissa ou incorrecta. Nesse sentido, encaminharia o meu colega para alguém mais experiente ou pedia-lhe para vir falar comigo daqui o mais algum tempo.<br />
Em relação às restantes perguntas, e porque este texto já vai longo, voltarei mais tarde.<br />
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Pedro Coelho do Amaral<br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-24511780099896282592009-10-30T19:57:00.002-04:002009-11-27T20:27:29.404-05:00Intervenção 5_Tema 1_ O Processo de Investigação_Etapas do processo InvestigativoTentando responder à questão “Mas uma investigação em que se procede a um estudo de caso (como a da dissertação analisada) visa a generalização?”<br />
Segundo Grawitz (1974:336-338) a valorização crescente dos estudos de caso surgiu da querela em torno do carácter nomotético ou idiográfico das ciências sociais e, num outro âmbito, da importância das metodologias quantitativa e qualitativa na investigação social.<br />
O que isto quer dizer é que ao ser possível tornar viável o conhecimento pormenorizado de uma situação (como é o caso da dissertação analisada) por recurso a métodos com características qualitativas e quantitativas, o estudo de caso permite compreender naquele o particular na sua complexidade, ao mesmo tempo que pode abrir caminho, sob condições muito limitadas, a algumas generalizações empíricas, que Pardal e Correia (1998, 23) apontam como sendo de validade transitória.<br />
Respondendo directamente à pergunta, um caso de estudo não visa a generalização, mas deste podem ser retirados novos conhecimentos e consequências práticas que o investigador pode sugerir como podendo ser generalizadas, mas que necessitam de posterior validação através de uma investigação mais abrangente.<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
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GRAWITZ, Madeleine (1974) Méthodes dês Sciences Sociales, Paris:Dalloz<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. Porto: Areal Editores, 1995.Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-87611619636746616992009-10-30T19:52:00.002-04:002009-11-27T20:20:52.107-05:00Intervenção 4_Tema 1_ O Processo de Investigação_Etapas do processo Investigativo<div align="justify"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A análise que fiz dos diferentes fluxogramas e da leitura de diferentes recursos bibliográficos, apesar dos possíveis paradigmas e metodologias que lhe estão associados, permitiu-me retirar algumas considerações que considero como elementares e transversais no desenvolvimento de uma investigação social.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Primeiro, e como afirmam Correia e Pardal (1998,13), uma investigação social não é uma sucessão de etapas estereotipadas ou estabelecidas que se cumprem numa determinada ordem imutável. As diferentes opções tomadas, a construção e a organização dos processos varia em função da natureza e da especificidade do objecto de estudo e está directamente relacionada as idiossincrasias do próprio investigador. Esse aspecto está presente quer nos diferentes fluxogramas apresentados, quer nos resultados das leituras efectuadas a diferentes autores na área de metodologia da investigação social. Apesar da existência de um determinado grau de flexibilidade ou elasticidade nas etapas de procedimento que envolvem a construção de determinado modelo de análise social, uma investigação científica (na verdadeira acepção do conceito) está obrigada a ser fiel aos princípios do rigor metodológico, esteja esta relacionada com fenómenos físicos ou fenómenos sociais. Sendo um procedimento metodológico uma forma de progredir em direcção a um objectivo, ao ser exposto determinado procedimento cientifico está-se a descrever os princípios fundamentais que iram ser postos em prática em qualquer trabalho de investigação. Os métodos acabam por não ser mais do que formalizações particulares desse procedimento, percursos diferentes ou alternativos concebidos para estarem mais adaptados aos fenómenos ou domínios estudados. No entanto como, referem Quivy e Campenhout (1995, 13), os processos de adaptação não dispensam a fidelidade do investigador aos princípios fundamentais do procedimento científico. No fundo poder-se-á afirmar que um procedimento metodológico, apesar de ser suficientemente flexível e aberto para poder responder e abarcar diferentes linhas de investigação, deve ter presente algumas etapas transversais e de carácter obrigatório. Segundo Carlos Ceia, o principal objectivo de uma investigação cientifica avançada será, em primeiro lugar, o de identificar um problema científico relevante que não foi ainda sujeito a investigação e depois cumprir o objectivo de resolver o problema definido como ponto de partida da investigação. Segundo o mesmo autor: “Quando encontramos a solução para o problema original que definimos como base de trabalho da nossa investigação, podemos dizer que cumprimos o grande objectivo de uma investigação cientifica avançada”<br />
</div><div style="text-align: justify;">Em jeito de síntese, e fazendo um apanhado geral da analise dos fluxogramas e da literatura pesquisada, é possível afirmar que a investigação parte de um problema, uma pergunta de partida operacional, precisa, única e realista, formulada com uma intenção de compreensão ou explicação da realidade do objecto de estudo. Essa pergunta, seguindo a linha de pensamento de Quivy e Campenhout (1995, 13), só fará sentido se for correctamente formulada, respondendo aos princípios da clareza, da exequibilidade, da pertinência.<br />
</div><div style="text-align: justify;">A fase seguinte é designada segundo diferentes autores como exploratória. Se a investigação parte de um determinado problema (objecto de estudo) e é consubstanciado na pergunta de partida operacional, a exploração vai permitir fornecer, afinar ou moldar esse mesmo problema, através da aquisição de elementos teóricos e /ou empíricos que, ao revelar as suas dimensões essenciais e facetas particulares, sugerem caminhos e modos de abordagem. Essa exploração estabelece-se num conjunto bidireccional de métodos de trabalhos precisos que podem assumir a forma de revisão de literatura assente em critérios de escolha bem definidos, pesquisa sobre trabalhos de investigação não publicados, inquéritos/entrevistas exploratórias, observação por contacto directo com o objecto de estudo e outros métodos exploratórios complementares.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Após este período exploratório, a etapa seguinte representa o inicio de um processo de construção constituído pela aquisição de novas perspectivas, a inspiração a partir de novas abordagens, o balanço da informação recolhida estabelecendo as problemáticas possíveis e finalizando-se com a organização de uma síntese criteriosa de toda a problemática elaborada. Podemos afirmar que a problemática é a abordagem ou perspectiva teórica que o investigador decide adoptar para desenvolver uma investigação que responda ao problema formulado pela pergunta operacional de partida. A construção da problemática irá permitir construir um quadro teórico de referência que irá sustentar a investigação e fornecer-lhe a credibilidade científica indispensável. Esse quadro teórico irá permitir desenvolver um sistema conceptual em que se precisam os conceitos (construção lógica) e as definições operacionais que permitirão uma adequada formulação de hipóteses de trabalho e inclusive hipóteses adicionais. Esta fase é designada por diferentes autores como a fase de construção do modelo de análise.<br />
</div><div style="text-align: justify;">As hipóteses funcionam num trabalho de investigação como um instrumento orientador da investigação que facilita a selecção de dados e a organização da sua análise através de uma correcta selecção de variáveis e definição dos respectivos indicadores, precisos, significativos e essenciais.<br />
</div><div style="text-align: justify;">De seguida procede-se à observação e define-se os respectivos instrumentos que passam por delimitar o campo de observação, conceber o instrumento de observação, testar esses instrumentos e recolher os dados. Essa recolha obedece a um conjunto de procedimentos que podem necessitar de diferentes técnicas de recolha de dados.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Por fim, passa-se à fase de análise das informações observadas recorrendo a uma verificação empírica assente na administração de técnicas de recolhas de dados e análise das informações, com a descrição dos resultados e posterior comparação dos resultados observados com os resultados esperados a partir da hipótese e exame das diferenças.<br />
</div><div style="text-align: justify;">A fase final do trabalho de investigação é convertida numa conclusão em que todo o procedimento é recapitulado e onde são apresentados os resultados, pondo em evidência os novos conhecimentos e as consequências práticas desse novo conhecimento.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Em jeito de síntese, e visto que o texto já vai longo, estes seriam as etapas do procedimento metodológico que considero serem transversais e essenciais aos diferentes modelos de análise social abordados.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Coelho do Amaral<br />
</div><div style="text-align: justify;">QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
</div><div style="text-align: justify;">PARDAL, Luís; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social. Porto: Areal Editores, 1995.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Ceia, Carlos - Como Fazer uma Tese de Doutoramento ou uma Dissertação de Mestrado – Curso Prático - http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/guias.htm<br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-196556792763253322009-10-29T20:41:00.004-04:002009-11-30T07:04:23.166-05:00Intervenção 3_Tema 1_ O Processo de Investigação - Paradigmas e Métodos<div style="text-align: center;"><br />
<strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">O Processo de Investigação - Paradigmas e Métodos III</span></strong><br />
</div><br />
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<div align="justify">Respondendo ao repto do Paulo acerca da distinção entre metodologia e método, eu acrescentaria, numa altura em que ainda estamos a apalpar terreno na utilização de vocabulário específico da unidade curricular de Metodologias da Investigação, mais um termo passível de criar confusão e ser por nós utilizado de forma errada ou menos correcta. Refiro-me à distinção de ambos os conceitos entre si e em relação ao que se designa por técnicas de investigação.<br />
Podemos afirmar que Metodologia é um termo utilizado de forma recorrente e com múltiplos sentidos. Esse facto faz com que se torne num conceito ambíguo e empregue com pouco rigor. Segundo Correia e Pardal (1995), ao ser utilizado de uma forma ligeira e corrente é associado não só à ciência que estuda os métodos científicos, como a técnicas de investigação e até mesmo a epistemologia (p. 10).<br />
Já o método é, acima de tudo, um plano orientador do trabalho. Segundo os autores acima referidos, o método consubstancia-se, essencialmente, num conjunto de operações, situadas a diferentes níveis, que tem em vista a consecução de objectivos determinados. Ou seja, funciona como um corpo orientador da pesquisa que, ao obedecer a um sistema de normas, torna possível a selecção e articulação de técnicas, com o objectivo de se poder desenvolver o processo de verificação empírica.<br />
Os métodos de investigação não podem no entanto ser identificados como técnicas, visto que as técnicas nunca configuram um corpo orientador de investigação, nem sequer um plano de trabalho sobre a mesma. As técnicas de investigação são somente um conjunto de instrumentos para a realização do plano de trabalho.<br />
Pedro Coelho do Amaral<br />
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/tese/C4-Metodologia.pdf<br />
QUIVY, Raymond ; VAN CAMPENHOUDT, Luc — Manual de investigação em Ciências Sociais . 2ª edição. Lisboa: Gradiva, 1998.<br />
PARDAL, Luís ; CORREIA, Eugénia — Métodos e Técnicas de Investigação Social . Porto: Areal Editores, 1995.<br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6198885460164070800.post-3868255338203265282009-10-28T20:31:00.003-04:002009-11-30T07:07:05.670-05:00Intervenção 2_Tema 1_ O Processo de Investigação_Paradigmas e Métodos<div style="text-align: center;"><br />
<strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">O Processo de Investigação - Paradigmas e Métodos II</span></strong><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong><span style="color: #cfe2f3; font-size: large;">Quem nasceu Primeiro - o ovo ou a galinha?</span></strong><br />
</div><strong><span style="color: red;"></span><br />
</strong><br />
<div align="justify">Mantendo acesa a chama virtual, vou tentar lançar mais algumas achas na questão brilhantemente colocada pelo Paulo, na qual questiona se “… a definição do problema e das questões metodológicas é subsidiária do paradigma de investigação ou o paradigma é subsidiário da definição do problema e das questões metodológicas?<br />
A minha opinião em relação a essa e outras questões, nas quais torna-se necessário responder de uma forma linear, objectiva e dogmática, será a de que as respostas resultantes acabam sempre por ser demasiado redutoras e simplistas.<br />
Num primeiro momento, e de um ponto de vista racional e lógico sou levado a concordar com a Paula quando refere que “…sendo o paradigma os valores, pensamentos, visão do mundo, algo que está inculcado na mente de cada sujeito, grupo social, quando se faz um trabalho de investigação, esse paradigma está inerente a todo o processo”. Esta opinião é perfeitamente plausível e reveste-se de uma lógica inatacável, com a qual concordo (tendo, inclusive, reflectido sobre isso no post anterior). No entanto, e posicionando-me no papel de investigador, não posso considerar um erro ou porventura um acto contra natura se optasse por um paradigma distante daquele a que estou intrinsecamente vinculado, se achasse que este serviria melhor os propósitos da minha investigação. Acredito na capacidade de análise, flexibilidade e bom senso do ser humano e se é obvio que o homem constitui-se pelas teias de relação que se estabelecem entre as suas crenças, opiniões filosóficas, ideologias políticas, matrizes culturais, etc., também acredito que é perfeitamente possível ao indivíduo libertar-se dessa teia, de forma consciente ou não, e possuir a capacidade de se distanciar do seu enquadramento natural, e escolher qual o caminho que se adequa na definição do problema e questões metodológicas associadas.<br />
Esta questão remete-me para Correia e Pardal, quando reflectem sobre a discussão em torno da suposta dicotomia entre “estudos qualitativos” e estudos quantitativos”. Segundo os autores, “Independentemente de especificidades que caracterizem mais um ou outro ponto de vista, “o quantitativo” e o qualitativo” precisam, acima de tudo, de ter em conta os mais elevados níveis de precisão e de fidedignidade e trabalhar com os dados que respondam o melhor possível às exigências do problema em estudo”(Correia e Pardal:1995, 15).<br />
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Pedro Coelho do Amaral <br />
</div>Pedro Coelho do Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14382435870938925025noreply@blogger.com0